AWAKE OF THE DAWN

domingo, 21 de novembro de 2010

Novos capítulos da nossa fanfic...
O que acham? Comentem...
Publicada por ANA & MARIZA à(s) 05:09 Sem comentários:
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no XPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Mensagens mais recentes Página inicial
Subscrever: Mensagens (Atom)

Acerca de mim

A minha foto
ANA & MARIZA
Olá somos a Mariza e a Ana e somos loucas por Cinema, Literatura e boa Música =D
Ver o meu perfil completo

(SALUM) 3º CAPÍTULO

Borothorn estava exausto. Precisava de comer umas puras e frescas ervas dos bosques de Rivendell.
As florestas eram ricas e cheias de vida. Com ouvidos tão apurados como os meus era possível ouvir-se as árvores a murmurarem entre si. Era a primeira vez que me encontrava em Rivendell, mas muito tinha ouvido falar desta bela cidade.
As árvores eram bastante altas, mas eu conseguia avistar o Castelo abandonado de Rivendell.
Para lá chegar eram precisos pelo menos quatro dias de viagem. Mas um Castelo sem importância, abandonado por Elfos já extintos não me chamava à atenção.
Borothorn rejubilava ao deliciar-se pelas frescas ervas ainda com maresia.
Meti a mão no bolso e dele saíram um anel e um colar.
O anel era pesado. Parecia ser feito de prata. Tinha duas angwi entrelaçadas uma na outra.
Ambas tinham uma coroa em ouro na minúscula cabeça. A separar as cabeças das angwi, encontrava-se uma esmeralda em forma de losangulo.
No colar, também de prata, pendia uma jóia. Era bela, mas estranha ao mesmo tempo. Nunca tinha visto um pendente assim. Tinha a forma de um pequeno indo e dentro dele, um diamante que reluzia em tons roxos e azuis. As pontas do indo acabavam entrelaças.
Tinha descoberto estas duas jóias há uns vinte dias atrás. Confrontei Sautur, pois encontrem-as na floresta dos Ents, perto de Isengard. Estavam dentro de um cofre de cobre e, ainda que velho e sujo de terra, consegui vislumbrar um nome cravado em letras miúdas.

Dizia “Anathorn”.

Sautur parecia possesso por Demónios de Mordor.
Disse para enterrar o cofre, imediatamente e mandou o nosso Maugoth prender-me, chicotear-me e ficar três dias sem comida na prisão fedorenta de Isengard.
Maugoth fez tudo o que Sautur o mandou fazer, ao contrário de mim, que escondi o anel e o colar nos bolsos do meu casaco.
Fechei os olhos e escutei. Ouvia uns leves sons de um linya.
Atei as rédias de Borothorn a uma árvore forte e caminhei em busca do linya.
Despi as humildes vestes que tinha e mergulhei no linya.

Eresse Tol-Eresseasse,
Lillassea lótesse pella,
Ar esce lisceo, ar lasse
I hessa hlapula menello.


(Loneliness at the Lone island.
Beyond the many-leafed spring.
And rustle of reed, and leaf
Dry, flying from the sky)


Arinya losse or lord 'aire
Fifíruva wilyasse hiswa,
Ar tiruvalye olor aire
Enyalien i vanwa iswa.


(In the morning-snow over the sleeping sea
Will melt in misty air.
And you will see a holy dream
For recalling lost knowledge)


Ar erumesse hiruvalye
I metya harma sa haryalye:
I hesin yenion, alasse -
Eresse Tol-Eresseasse.


(And in desert will you find
The Last treasure you possess:
Winter of years, happiness -
Loneliness at the Lone Island)


Cantava a água morna.
Chamei a adaga que tinha no cinto, até mim.
Cortei as mechas de cabelo negro que me batiam nos ombros.
De repente, um cavalgar de cascos sonoro, chegou aos meus ouvidos.
Não eram os de Borothorn. Eu reconhecia-o a léguas de distância.
Estava cada vez mais próximo.
Mas, o rocco não estava sozinho.
Trazia uma quén com ele.
Voltei a nóre e vesti umas calças. Tirei a adaga do meu cinto e subi a uma alda e esperei.

_______________________//_______________________________
Angwi – “cobras” em Quenya
Indo – “coração” (não do corpo humano) em Quenya.
Maugoth – “general” em Black Tongue
Linya – “lago” em Quenya.
Rocco – “cavalo” em Quenya.
Quén – “pessoa” em Quenya.
Nóre – “terra” em Quenya.
Alda - “árvore” em Quenya.

(SALUM) - 2º CAPÍTULO

Entrei no estábulo.
Aquele cheiro a velho, a madeira, a feno, a estrume...
Aquele barulho dos cascos, das ratazanas, a respiração dos cavalos...
Aquele lugar onde podia pensar sozinho...
De todo o imenso Castelo, o estábulo era onde me sentia mais seguro.
Limpei a divisória de Zithian, Lothon, Briego, Monthor e o meu rocco preferido, Borothorn.
Era com ele que faria as próximas viagens, rumo ao desconhecido, preparando-me para batalhar.
Nunca tive medo de arriscar. Aliás, “medo” era uma palavra mesmo pouco usual no meu vocabulário e pensamentos. Na verdade, deixei de sentir medo. Pergunto-me se esse facto será normal. Mas, “normal” é coisa que não sou.
Sou um simples seldo e o único humano com quem posso falar é Sautur – um feiticeiro muito poderoso que me apadrinhou, quando alguém se acorbardou de o fazer.
Abasteci Borothorn com a minha melhor sela e estribos.
Deixei Borothorn na entrada do estábulo, juntamente com a minha mala que continha alguns mantimentos e vestimentas.
Corri até à Sala de Armas.

- MAUGOTH! – chamei-o ao entrar – Preciso das tuas melhores armas.

O velho Uruk Hai virou-se para mim a acenou com a cabeça. Começou de imediato a procurar as melhores espadas no cofre mais escondido.
Se não fosse o odor quente do fogo, não se podia entrar naquela Sala tão útil.
Os Orcs e Uruk Hais fedem.
Com um grunhido, o nosso Maugoth aproximou-se, trazendo com ele, adagas de vários tamanhos e utilidades, duas espadas leves e de bom metal, cordas, arco e flechas.

- Obrigado, sharkû.

- Boa viagem, Shakl Matuurz.

Sai da Sala e, enquanto corria, coloquei adagas em volta do meu cinto, assim como as espadas.
Posicionei o Arco e Flechas de modo a que não me incómodassem a cavalgar.
Borothorn aguardava-me. Arrumei as cordas na mala e montei o rocco.
Sabia que Sautur estaria a observar-me na mindo mais alta do Castelo.
Mesmo assim, não me dei ao trabalho de lhe ir dizer o óbvio “Vou partir. Vou preparar-me para ser o que tu queres que eu seja, cujo significado não me explicas.”
Vai morrer em Mordor, Sautur! Tu e os teus esquemas! Que ardam todos em Mordor!
Dei às rédias e Borothorn cavalgou a toda a brisa.



Mal me podia deitar no chão duro, depois do meu último castigo da semana passada.
Desta vez tinham sido dez. DEZ. Mais outros dez vergões com crostas que tinha nas costas, como forma de não voltar a fazer o que fiz. Desobedeci a Sautur.

Naquela noite fui caçar veado da floresta. Estava nos bosques sagrados de Lothlórien.
Borothorn enconhia as altas pernas e encostava-se ao lume. Dei-lhe umas palmadas no cachaço e deitei-me no chão, embrulhado em mantas não muito quentes.
Fechei os olhos e lembrei-me do último sonho que tive.
Estranho. Bizarro. Confuso.

(...)

Era uma noite cintilante com belas estrelas a reluzirem no céu.
No ar pairava o som de uma nande. Levantei-me e afastei o cabelo preto para trás ao apanhá-lo num rabo-de-cavalo. Tirei uma adaga do meu cinto e decidi explorar.
As folhas e ramos que pisava faziam barulho, mas a floresta parecia não dar por ele.
Avancei, convicto de não estar sozinho ao sentir uma forte presença na floresta.
Immen dúath caeda
Shadow lies between us

Sui tollech, gwanna(thach)omen
As you came, so you shall leave from us

Boe naid bain gwannathar,
All things must pass away,

Boe cuil ban firitha.ban firitha
All life is doomed to fade...

Cantava e enfeitiçava a nís.
Era dona de uma beleza sem igual.
Pálida e emitia luz límpida. Usava os seus cabelos ruivos presos em tranças que lhe chegavam às ancas e que faziam bonitas ondulações, quando ela se movia.
Por fim, pareceu notar a minha presença. Fitou-me com os seus olhos verdes claros e recomeçou o cântico. Afastava-se.

- Espera! Quem és tu?
- Vanmoriel...
- Quem és tu? – perguntava eu ao correr para junto dela.
- Vanmoriel... Vanmoriel...

(...)

Acordei, lavado em suores. Detestava ter aqueles pesadelos. Eram estranhos e eu não sabia os seus significados.
Sentia que faltavam uns poucos minutos até ao Sol nascer.
Levantei-me e preparei Borothorn para mais uma viagem.

----------------------------------//------------------------------
Rocco – “cavalo” em Quenya (Elvish)
Seldo – “rapaz” em Quenya
Maugoth – “general” em Black Tongue (Orcs)
Sharkû – “ homem velho” em Black Tongue
Shakl Matuurz – “ Lorde Mortal” em Black Tongue
Nís - "harpa" em Quenya

(NIMWEN) - 1º CAPÍTULO

“Nim?”
Os passos leves e rápidos do homem alto que percorria a floresta eram praticamente inaudíveis; o seu cabelo loiro comprido e liso esvoaçava ligeiramente, devido à fresca brisa matinal.
“Nim?” a sua voz não passava de um sussurro. Sorriu jocosamente e fechou os olhos: pressentia a presença da sua aluna; era quase indetectável, mas os seus 1200 anos de vida não lhe permitiam qualquer distracção. Afastou o cabelo da orelha pontiaguda e concentrou-se. Ouvia a respiração da jovem elfo. Estava a cerca de 200 metros dele, e estava pronta a atacar, tinha a certeza.
“Em 3… 2…”
Ao fim da contagem, um salto; uma faca apontada ao pescoço da vítima, enquanto o predador sorria, bem-disposto.
“Mae govannen”
“Bolas, isto é tão injusto!”
O jovem elfo riu-se da frustração da sua aluna; levantou-se e ajudou-a a ela, fazendo-lhe uma pequena vénia
“Bom dia, Aranel”
Ela revirou os bonitos olhos verdes “Legolas, por favor! Sabes bem que não quero que uses termos formais!”
Os olhos azuis acinzentados de Legolas acompanharam o seu sorriso
“Estou apenas a constatar o óbvio, Princesa”
Nimwen, filha de Aragorn e Arwen, Princesa da Middle Earth fez uma careta e sacudiu os seus belos cabelos castanhos; os seus caracóis chegavam aos seus ombros.
“Aqui sou apenas a Nim, tua aprendiza e amiga” o seu sorriso era calmo e sábio, algo que contrastava com o seu aspecto jovial e irreverente em toda a plenitude dos seus 19 anos.
“Eu sei”
“Hannon le” agradeceu ela, feliz.
“Estás algo atrasada hoje” comentou Legolas, ligeiramente preocupado “Houve algum problema?”
“Oh não!” tranquilizou-o ela “Apenas me distraí a falar com a minha mãe. Adoro as suas histórias!”
“Certo” ele sorriu-lhe “Segue-me”
Ambos caminharam num silêncio confortável; o respeito e cumplicidade entre eles bastavam para que qualquer caminho lhes parecesse fácil
“Havo dad” indicou Legolas
Nim sentou-se e Legolas cortou uma pequena planta que nascia mesmo ao lado de um velho sobreiro. Em seguida pousou-a nas mãos da aprendiza.
“Man cenich?”
A jovem estudou a planta de perto
“Madressilva selvagem” a elfo cheirou a pequena planta “Está fresca… deve ter chovido esta madrugada”
Legolas sorriu discretamente
“Para que serve?”
“Bebidas quentes… para tranquilizar” Nim fez um ar pensativo “Trata a hera venenosa e qualquer tipo de inchaço… há que ter cuidado com os pequenos frutos: podem ser perigosos. Utilizamos apenas as folhas”
Desta vez o mestre não conseguiu disfarçar o seu contentamento
“Excelente”
Nimwen sorriu com satisfação
“Vamos continuar, então”
Durante toda a manhã, mestre e aluna discutiram as diferentes propriedades de inúmeras plantas da floresta; Nimwen conseguia acertar em tudo o que lhe era perguntado
“Perfeito, Nim. Não podias ter feito melhor”
Por esta altura, estavam ambos sentados, à beira de um belo lago
“Obrigada…” a elfo corou de satisfação “Tenho um óptimo professor…”
Legolas riu-se e levantou-se. Debruçou-se para o rio e agarrou em algo; algo que a princesa não conseguiu ver
“Man carel le?” questionou ela, curiosa
Foi aí que o elfo abriu a mão, mostrando uma pequena e linda flor de pétalas rosa carmim
“É uma flor de Lótus” concluiu Nim, sorrindo “É linda”
“Guarda-a” Legolas poisou a flor na mão da sua aluna, fechando-a com delicadeza em seguida “É uma prenda minha”
Admirada, Nimwen sentiu o rubor aquecer-lhe as maçãs do rosto
“Hannon Le… Muito, muito obrigada…”
O elfo sorriu
“Anda daí… a lição ainda não terminou…”
--------------------------------- // // ---------------------------------------------------------------------

Mae Govannen – Bem-Vinda
Aranel – Princesa
Hannon le – Obrigado
Havo dad – Senta-te
Man cenich? – Que vês?
Man carel le? – O que estás a fazer?

Nota: A flor de lótus tem um significado especial: protecção e amor

PRÓLOGO - A PROFECIA


Carne
Osso
Vento esfomeado

Flesh
Bone
Hungry wind

Água negra
Terra não consegue respirar
Árvores vazias

Dark water
Earth doesn’t breath
Empty trees


“ Que o Mestre dos Cavalos seja meu!
Que o seu sangue se espalhe pela Terra!
Que o seu grito seja ouvido! “

“ Deixa que nos guie!
Deixa que mate!
Deixa que beba maldição! “

Berrava Sautur os cânticos.
O seu cabelo grisalho era agitado para trás, devido ao vento da tempestade.
De mãos no ar e o seu ceptro no chão, ouvia a Profecia tão desejada.

Filho de Poder
Filho de Rei
Filho de Rivendell

Son of Power
Son of King
Son of Rivendell

Com espada
Com alma de Guerreiro
Sem amor, ele está

With sword
With Warrior’s soul
Without love, he is

“ Meu serás, rapaz.
Comigo treinarás.
Comigo reinarás! “

Exclamava Sautur ao vento, à chuva, a quem ouvisse, no entanto, Sautur sabia que mais ninguém existia em Middle Earth, capaz de ouvir tamanho poder.
Óh quão enganado estava...

Para lá de Shire e para lá de Rivendell, um espírito vagueava pelos riachos de Lothlórien.
Era de noite e o ar estava frio.
O espírito caminhava calmamente pelas ervas verdes e frescas, com os pés descalços.
Umas palavras duras, mas sábias ecoavam nas árvores assustadas em seu redor.
Respirou fundo e escutou, atenta.
Entretanto, começou a chuviscar o que era um mau sinal, pois em Lothlórien nunca chovia.
As tranças ruivas do espírito – que lhe chegavam às ancas – gotijavam água, mas também medo.
Vanmoriel encostou-se a uma árvore para se apoiar e dos seus olhos brotaram lágrimas prateadas. Vanmoriel, a verdadeira descendente de Galadriel, antiga White Lady, esperou pelas últimas palavras da Profecia.

Quando completo, ele estiver
Quando forte, ele se tornará
Frente ao Mal, ele fará

When complet, he will be
When strong, he will became
Against the Evil, he will fight

Paz, ele trará
Liberdade à Verdadeira Dama, ele dará
Vigor à Bandeira, ele fará

Peace, he will bring
Freedom for the True Lady, he will give
Strenght to flag, he will do


Vanmoriel correu para o Castelo.
Subiu as frias escadas de mármore branco; olhou para Oeste e suspirou tristemente ao ouvir as notícias de Rivendell.
Arwen,a Rainha Elfo, teve por fim, gémeos.




Seguidores

Arquivo do blogue

  • ▼  2010 (1)
    • ▼  novembro (1)
      • Novos capítulos da nossa fanfic... O que acham? Co...
Tema Espetacular, Lda.. Imagens de temas por Jason Morrow. Com tecnologia do Blogger.